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terça-feira, 8 de março de 2011

A INCLUSÃO DE DEFICIENTES MENTAIS:Um árduo desafio para escolas, educadores e famílias

          
          Um árduo desafio para as escolas, educadores e famílias refere-se a um minucioso estudo e análise de fundamentos de autores renomados que abordam a educação especial com o objetivo de dispor aos educadores e a todos aqueles que atuam e que pretendem atuar na Educação, uma proposta de reflexão/ação numa análise mais abrangente da inclusão dos deficientes mentais e outros com necessidades educacionais especiais. Este estudo pretende ser o ponto de partida para a tomada de consciência dos educadores, educandos e famílias, quanto sua importância na acolhida destas pessoas’diferentes' e na preparação para efetiva participação no âmbito social e global. Chegando a conclusão de que para o indivíduo tornar-se um ser atuante e crítico, faz-se necessário a tomada de consciência e a mudança do ato de educar. Não podemos ficar de fora desse processo de inclusão, devemos participar, devemos nos arriscar e sugestionar uma constante troca de afetividade e sensibilidade entre governantes e governados, entre educadores e educandos, entre pais e filhos, para que de fato ocorra a inclusão e uma educação mais humana e igualitária.


1 INTRODUÇÃO

Presenciamos nas últimas décadas, que as escolas e seus educadores têm se deparado com uma nova e desafiadora questão: a de incluir as pessoas com necessidades educacionais especiais nas salas de aulas da rede regular de ensino.

O estudo de diversas obras revela que, historicamente, até o século XVI, não existia a preocupação da sociedade em oferecer atendimento às pessoas consideradas “diferentes” dos ditos “normais”. 

Se adentrarmos a fundo na história anterior ao século XVI, certamente ficaremos horrorizados com a tamanha injustiça feita com as pessoas que nasciam com algum tipo de deficiência ou diferença. Tais pessoas eram estupidamente queimadas em fogueiras em praça pública ou jogadas à própria sorte, pois se acreditava que eram uma obra maligna.

A partir de então, conforme foram ocorrendo as mudanças na organização das sociedades, começaram a ter mais zelo para com as pessoas com deficiência. E, foi durante o século XX, que as instituições sociais estenderam o atendimento especializado a este grupo de excluídos, os deficientes.

Percebemos que as famílias dos considerados “diferentes” bem como eles próprios consideram a escola uma barreira quase que intransponível, pois se deparam com uma carga muito grande de dificuldades de aprendizagem e de preconceitos por parte dos próprios ditos “normais” e por parte até mesmo do corpo docente das escolas. Porém, conhecendo um pouco as características e causas desta lamentável bagagem genética e/ou ambiental, quem sabe, ficará mais fácil de encarar e auxiliar nessa dura realidade vivida por pessoas que carregam essa herança. 


2 AS QUATRO SÍNDROMES DA DEFICIENCIA MENTAL E SUAS CARACTERÍSTICAS

Segundo Moura (1980, p.133) cito aqui, as quatro síndromes associadas ao retardamento mental, causada por aberrações cromossômicas: - Síndrome de Lejeune é caracterizado pelo indivíduo apresentar orelhas com implantação baixa, pela distância entre os olhos aumentada, pelo choro que lembra o miado de um gato, pela malformação dos dedos e retardo mental grave; - Trissomia 8, neste caso, o indivíduo apresenta as orelhas malformadas, o crânio alongado, a mandíbula reduzida, a testa saliente, estrabismo, o lábio inferior é mais grosso e evertido. Nesse caso, o retardo mental é severo; - Síndrome de Dawn (mongolismo) com características como rosto arredondado, fendas palpebrais oblíquas, os membros são mais curtos, as mãos mais largas, a boca permanece quase sempre entreaberta e o retardo mental vai de moderado a severo; - Síndrome de Klinefelter, afeta somente as pessoas de sexo masculino, a estatura é mais elevada, o indivíduo pode apresentar pouca barba ou não apresentar, os órgãos genitais são pouco desenvolvidos, apresenta ginecomastia ,ou seja, ocorre a presença de mamas desenvolvidas, a maioria apresentam inteligência limítrofe e cerca de 15% deles podem apresentar retardo mental grave.





3 O ÁRDUO DESAFIO: A INCLUSÃO DE EDUCANDOS COM DEFICIENCIA MENTAL NAS ESCOLAS REGULARES

Conforme declara a Lei 9394/96 , inclusão é uma proposta que condiz com a igualdade de direitos e oportunidades educacionais para todos em ambientes favoráveis já ‘garantidos’ por ela. Mas, nem sempre esse direito é de fato uma garantia aos cidadãos.

Possivelmente você já tenha ouvido pessoas ao seu redor usando os termos, “retardado”, “idiota”, “imbecil”, “debilóide”, como um meio grotesco de ofensa a outras pessoas que possuem menor grau de entendimento em determinado assunto. Mas, os estudos revelam que estes termos são originários do século XVIII e perpetuam até a presente data, porém, não fugindo de serem termos atribuídos a um grupo de pessoas que requer mais cuidado e estudo. 

Conforme Jannuzzi (1985) ao longo do tempo, várias palavras foram usadas em lugar de retardamento. A substituição de uma palavra por outra apenas suaviza temporariamente sua pejoratividade. A nova palavra, em pouco, acabava incorporando os preconceitos da sociedade de cada época.

Minuciosos estudos em obras científicas nos revelam que, as causas do retardo mental são genéticas e estão representadas por genes patogênicos ou também chamadas na ciência como aberrações cromossômicas . Sabemos também que as causa ambientais são muitas e atuam no período pré-natal , perinatal ou ainda pós-natal . Porém, nos casos mais leves, fica difícil de identificar as causas.

O potencial de inteligência da espécie humana é um traço genético que a coloca em posição destacada na escala zoológica. Entretanto a expressão desse potencial, ou seja, a inteligência e o seu desenvolvimento, são o resultado da ação de fatores não apenas de natureza biológica, mas também de natureza psicológica e sócio-cultural. (MOURA,1980,p.117)

Como fatores determinantes no desenvolvimento afetivo e social das crianças com DM , bem como para os demais que necessitam de cuidados educacionais especiais, vê-se na família e na escola os dois principais norteadores deste desenvolvimento.

Segundo Vygotsky (1991a , p.74) “o aprendizado é uma das principais fontes da criança em idade escolar; e é também uma poderosa força que direciona o seu desenvolvimento, determinando o destino de todo o seu desenvolvimento mental.”

Entende-se que a família deve exercer o importante papel de educar a criança. É através da família e do comportamento dos seus membros em relação à criança e em relação aos próprios membros, que a criança com deficiências interioriza a alegria, a satisfação e o amor, ou então o contrário. 

À escola cabe o papel de estar sempre em sintonia com a família para então melhorar e contribuir da melhor forma possível com o desenvolvimento da criança. 

Acredita-se que o objetivo principal da escola, deva ser o da busca por tornar a criança mais autônoma perante o indivíduo adulto. No entanto, entende-se que essa autonomia só irá ocorrer através do bom relacionamento com outras pessoas.

A integração da escola e da família deve ser mais constante nas atividades de socialização das crianças. E, os pais devem estar envolvidos numa procura por bem educar seus filhos. 

Segundo Moura (1980,p.137), é tarefa do professor o comum atendimento às crianças portadoras de retardo mental leve, e, tal trabalho precisa ser marcado pela compreensão, pela dedicação e pela paciência. Não deverá o professor se igualar às pessoas comuns que infelizmente ainda possuem muitos preconceitos em relação aos retardados mentais.

Cabe ao professor, aceitar tais crianças e demonstrar carinho a elas, ensiná-las primeiramente as coisas mais fáceis e uma parte de cada vez. O professor conseguirá resultados mais positivos de seu trabalho, se associar cada parte as coisas agradáveis para a criança. Ele deverá elogia-las após cada item aprendido para que ela se sinta mais capaz e segura. É ainda tarefa deste professor, manter a paciência e a uniformidade de comportamento e, ao avaliar a criança deverá evitar fazer comparações com as demais, além de que, não poderá exigir um rendimento que a criança não poderá oferecer. Sendo assim, ficará mais suave o trabalho e o compromisso do educador e a escola estará cumprindo com sua autêntica tarefa: a de educar a todos como nos garante a LDB e a Constituição Federal. 

5 CONCLUSÃO

Ainda que com os grandes avanços das entidades governamentais educacionais no sentido de promover a inclusão, é notório e infeliz o fato de que ainda estamos muito longe de conquistarmos uma escola verdadeiramente de qualidade e para todos.

Este é um processo que exige uma constante troca de afetividade e sensibilidade de todos para que haja um trabalho com vistas à construção de uma sociedade mais digna, justa, igualitária e que respeite as diferenças.

Presenciamos diariamente que os desafios do processo de inclusão estão passando por muitas reformulações nas escolas, desde as adaptações arquitetônicas, adaptações curriculares, capacitação de professores e mudanças didático-pedagógica-metodológicas que possam vir otimizar o processo de ensino-aprendizagem dessas crianças na rede regular de ensino.

A escola tem um papel preponderante na denúncia de toda e qualquer forma de exclusão e, principalmente da exclusão de pessoas que necessitam de cuidados educacionais especiais. Ela deve promover a formação de pessoas críticas e cidadãos que estejam aptos a apontar mudanças e/ou alternativas para as relações sociais. Contudo, a clareza quanto aos fundamentos filosóficos, teóricos e jurídicos em prol da educação especial são atribuições do educador e das escolas deste milênio. 

A inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais exige atualmente uma ressignificação das ações pedagógicas em todo o contexto escolar, além do compromisso político da educação. Para tanto, entro em acordo com Werneck (1997, p. 157), quando diz que:

Participar da construção de uma sociedade inclusiva é como fazer longos passeios por novas idéias e sentimentos. Refletir sobre a inclusão acorda nossos monstros mais íntimos. Com alguns deles nunca havíamos nos deparados antes. Não adianta querer reduzir as dimensões do que será caminhar pela trilha de uma sociedade inclusiva. Temos que nos arriscar.



6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Lei 9394/96), Ministério da Educação, 1996.
MOURA,E. Biologia Educacional. São Paulo: Moderna,1980.
OLIVEIRA, M. Além do lugar – Comum Emoções e trabalho. Dezembro. 2001. 
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.
WERNECK, C. Ninguém Mais Vai Ser Bonzinho na Sociedade Inclusiva. 1997. 314p.


Autora: Gladenice T. da Silva
Fonte: atigos.com

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3 comentários:

  1. tenho um site e gostaria muito de publicar matérias do seu blog, com créditos do autor e um link redirecionar para seu blog.
    Aguardo a resposta
    soraya.mm@gmail.com

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  2. O meu site é www.pedagogiaaopedaletra.com, dê uma olhada e depois me responda. Obrigada.

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  3. Fico muito feliz em saber que meus artigos estão sendo lidos e publicados por outras pessoas. Isso me fortalece ainda mais para a busca constante do conhecimento e me faz acreditar ainda mais na importancia da leitura e da escrita para o contexto da pesquisa e da educação num aspecto geral.
    Att, Gladenice T. DA Silva

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