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sábado, 12 de março de 2011

O que é Ser Diferente na Sociedade Contemporânea e o que é Gerir uma Escola Tendo como Foco a Diversidade


    O Brasil é seguramente um dos países que mais instituiu leis que atendem ao clamor da população excluída. Refiro-me às pessoas com necessidades educacionais especiais. Exemplos disso são: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, que dedica particular atenção à Educação Especial, e o Plano Nacional de Educação – PNE (Lei Federal no 10.172/2001) – que estabelece 27 objetivos e metas para a educação de pessoas com necessidades educacionais especiais. No entanto, essa legislação, talvez por ser, de certo modo, recente, e por isso mesmo pouco conhecida, ainda não está bem disseminada. Segundo a Lei, a inclusão, mormente escolar, é para todos que se encontram excluídos do sistema educacional, independentemente de idade, gênero, etnia, condição econômica, social, física ou mental. 
Todo o cabedal legal existente já representa um avanço extraordinário e uma conquista estupenda. Contudo, não podemos dizer com isso que já tenhamos conseguido resolver o problema da exclusão. De fato ainda estamos muito distantes da erradicação do problema — embora já tendo dado passos significativos. Tal esforço para a inclusão educacional de pessoas com necessidades educacionais especiais é louvável. Contudo, para que a inclusão de fato aconteça, tem-se que ir além da instituição de leis. A questão é mais conceitual que legislativa. Portanto, é mister rever alguns conceitos. Como considera Cláudia Werneck (Você é gente? Rio de Janeiro, WVA Editora, 2003, p.1) “praticar a inclusão é elaborar uma nova ética, inspirada na certeza de que a humanidade encontra infinitas formas de se manifestar”. Não se trata de simplesmente criar leis com o fito de mudar a realidade. É claro que as leis ajudam, mas não se bastam por si sós.
Nossa sociedade ainda conserva (pré)conceitos historicamente cristalizadas sobre quase tudo: negro, índio, pobre, deficiente físico, deficiente mental, nordestino, homossexual, empregada doméstica, gordo, idoso etc. A coisa toda tem a ver com a maneira como as pessoas aprenderam a ver o outro. A questão é: sob que prisma a sociedade aprendeu a enxergar o outro?
     Toda a educação nacional foi elaborada e desenvolvida para manter a mente engessada. O individuo foi domesticado e doutrinado. Ele não aprendeu a pensar. Apenas apreendeu pensamentos. Assim, certo é o que alguém determinou que é certo. Do mesmo modo, errado é o que alguém determinou que é errado. 
Essa mesma lógica vem para as relações humanas e valoração do potencial humano. O feio (aquele que não atende aos padrões de beleza ditados pela sociedade) é falto de inteligência, é inabilitado, é incompetente, é indigno. O mesmo prisma é usado para olhar o deficiente físico, o deficiente mental, o negro, o índio, o nortista, o nordestino, o pobre, a prostituta, o homossexual etc. Esse elenco não se encaixa nos padrões de normalidade e perfeição (física, mental, econômica, social e intelectual) criados e impostos pela sociedade. Logo, se não se encaixa, não serve. Se não serve, tem que ser deixado de lado — à margem.
Essa rejeição é manifestada de várias formas, porém uma das mais claras é quando as portas se fecham para a escolarização e para a carreira profissional. É quando o indivíduo é privado do seu direito. Desse modo, não basta só está na Lei, é preciso um esforço educacional a fim de se reeducar a sociedade almejando-se uma mudança de concepção. Pois, se mudarmos o modo de pensar (e de ver), mudamos o modo de agir (e reagir). 
Não se pode esperar que todos sejamos iguais par sermos aceitos. No mundo em que vivemos nem os gêmeos são iguais. Somos indivíduos, portanto, seres individuais, únicos, com características próprias no que tange a maneira de ser, de pensar, sentir, agir e reagir a tudo e a todos. Nesse sentido não há certo nem errado. Há apenas o diferente. 
São conceitos, formas de pensar e de ver o mundo que precisam mudar. O ser humano é criativo e capaz. Uma deficiência, embora real, não significa absoluta incapacidade, mas, apenas e tão somente uma determinada limitação. A cor da pele, a condição sócio-econômica, a origem de uma pessoa, uma deficiência física, nada disso é determinante para se rotular o sujeito como inapto, incompetente, indigno. Alguém pode não ser capaz de usar as pernas, mas pode usar os braços, as mãos, a voz etc. Outro pode não ser capaz de usar a voz, mas pode usar as mãos, os braços, as pernas etc.
É mais fácil discriminar, segregar, marginalizar e excluir, que compreender, aceitar e incluir. O gordo é discriminado por ser gordo, o negro por ser negro, o pobre por ser pobre, o surdo por ser surdo e assim por diante. Logo, ser diferente em nossa sociedade é ser defeituoso, é ser excluso, é não ter direito a ter direitos. Mas, como diz Cláudia Werneck (Você é gente? Rio de Janeiro, WVA Editora, 2003, p.19), “todas as pessoas são gente, portanto, têm o direito de participar ativamente da sociedade contribuindo com o seu melhor talento para o bem comum, qualquer que seja ele”.
Na minha família tivemos que aprender a duras penas a enfrentar o preconceito e a discriminação. Minha mãe, tendo o braço direito ressecado desde a infância, teve de aprender a fazer tudo com o braço esquerdo. Não poucas vezes foi chamada de “aleijada”, “defeituosa”, “inapta para o trabalho”. Mesmo assim, tornou-se habilidosa e, cozinhando, lavando e passando roupa proveu sua casa e criou os quatro filhos (minhas três irmãs e eu). 
Não bastasse nada disso, minha irmã caçula, ainda muito cedo, sofreu paralisia infantil, vindo a perder a habilidade de andar e de utilizar o braço direito e a voz. Foram anos de luta, discriminação, barreiras e inúmeras dificuldades. Mas, minha mãe continuou lutando e insistindo para que a menina fosse aceita na escola, pois, apesar de tudo, era uma menina lúcida e de mente ágil. Ela estudou, cresceu, voltou a andar, a falar, e a usar o braço direito. Foi tão competente que, dos quatro filhos que minha mãe teve, a caçula foi a primeira a ingressar na faculdade. Formou-se e foi a primeira mulher mecânica de avião no Estado do Amazonas. 
Quando consideramos que deficiência é toda e qualquer perda ou anormalidade de uma estrutura ou mesmo de uma função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano, então, somos todos deficientes. Porque em alguma coisa somos deficientes, limitados. Como podemos ver, vivemos um paradoxo. Pois, somos todos diferentes e, ao mesmo tempo, tão iguais. 
Lembro-me quando em 1992, em uma escola na capital paulista, fui apresentado pela diretora a uma turma de alunos de nível médio, como o novo professor de Filosofia. Ao saberem que eu era natural do Estado do Amazonas, a turma toda se levantou e um aluno exclamou: — “Nós não aceitamos esse professor. Pois, o que é que um amazonense tem para nos ensinar?” Para eles o fato de eu ter um sotaque diferente, uma estrutura física diferente e ser originário de uma região (norte) diferente da deles (sudeste), já significava que eu era inapto, indigno, réprobo ou incapaz de exercer o magistério, pelo menos naquele contexto. Pois bem, não só assumi a cadeira de Filosofia àquele ano, como dois anos depois assumi a direção daquela escola (com o apoio de todos os alunos e professores, inclusive daquela turma que me discriminara escancaradamente) em cuja função permaneci por quatro anos.
Assim é a sociedade contemporânea. Só têm valor os “normais”. Normal, do ponto de vista dessa sociedade, é todo aquele que se encaixa nos padrões estabelecidos por ela. O diferente é anormal. Pois representa “produto de terceira classe”, fora dos padrões, portanto, indesejável, defeituoso, desprezível, sem valor. Por conseguinte, tem que ficar à margem.
Se quisermos realmente incluir o indivíduo, necessariamente teremos de nos desvencilhar dessa forma de pensar excludente e marginalizante. Tais raciocínios, quando muito, só conseguem integrar, onde a simples presença física do sujeito no ambiente já basta. Porém, o que devemos de fato buscar é a inclusão. Nela há que se permitir, além da mudança de atitudes, uma mudança de mentalidade frente às diferenças e diversidades de ordem física, étnica, cultural, econômica e social. É preciso que o indivíduo se sinta parte do todo e não um agregado a ele.
Diante de todo o exposto, como gerir uma escola tendo como foco a diversidade? Considerando que não é fácil lidar com pessoas, muito menos fácil é gerir uma escola onde a diversidade é inevitável. Isto exige um preparo cada vez maior do gestor. Nesse desafio, Bray Stainback (Pátio, Ano VIII, n.32, Nov 2004-Jan 2005, 2004, p.23), sugere que os administradores educacionais devem exercer o papel de “facilitadores do desenvolvimento e da implementação” da política de inclusão, a fim de que a diversidade seja aceita como conquista e não como obstáculo.
Por outro lado, o gestor não pode achar que ele é o único responsável pela criação da política que irá nortear a ação da inclusão educacional. Ele é sem dúvida o grande articulador, gerente, facilitador, incentivador etc. Mas, o poder de criar tais políticas está com todos — gestor, professores, alunos, pais e comunitários. Ou seja, é o conjunto, a escola como um todo, que têm força e poder para mudar o que os anos cristalizaram.
Considerando a responsabilidade social que a própria função confere ao gestor, é imperativo que este participe ativa e decisivamente da ação inclusiva. Como gestor ele precisa ser audaz, impetuoso, aguerrido. Precisa também estar aberto para as mudanças. Munir-se de cabedal intelectual que lhe dê fortes argumentos a fim de conscientizar a comunidade — professores, funcionários, alunos e pais — e derrubar alguns mitos que interferem no processo de inclusão, como a inverdade de que o deficiente vai atrapalhar a aprendizagem dos outros alunos. É preciso mostrar convincentemente que a presença do deficiente, em verdade, irá ajudar os alunos tidos como normais a “vivenciar uma nova experiência como ser humano solidário e respeitador das diferenças”, como acredita Rossana Ramos (Passos para a inclusão: algumas orientações para o trabalho em classes regulares com crianças com necessidades especiais. São Paulo: Ed. Cortez, p.13).
Em suma, ser diferente na sociedade contemporânea é ser incapaz, inapto, alguém sem condição nenhuma de estar entre os “normais”. É urgente a necessidade de se implementar nos currículos escolares (da educação básica à superior) componentes que levem o educando a (re)construir sua mentalidade social onde ele seja capaz de ver o mundo constituído por grandes e reais diferenças mormente humanas, e que essas diferenças não significam má qualidade ou valor inferior, mas riqueza de valores, completude. O Universo é imenso e nessa imensidão são as diferenças que permitem que ele seja o que é — universo.
Gerir uma escola tendo como foco a diversidade é mais que um desafio, é um teste de aptidão. Só os aptos para mudanças sobrevivem, como dizia Charles Darwin. Sobreviver profissionalmente implica em ser capaz de mudar. Mudar conceitos, posturas, valores, ações. O mundo muda a todo instante. Tudo na natureza se ajusta a fim de que a vida possa continuar o seu curso. O gestor escolar precisa ajustar-se às mudanças e ver que as pessoas, que constituem a própria razão de ser da escola, são diferentes física, mental, intelectual, étnica, econômica e/ou socialmente. São elas mesmas que dão sentido à existência da escola, e esta ao papel do gestor. Cumpre-lhe esforçar-se para que os seus pares compreendam e empreendam esforços a fim de que a inclusão sócio-educacional de fato aconteça.

Autor: Rubem Menezes
Fonte: Artigos.com

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Educação brasileira: existe qualidade no ensino?



Para questionarmos e debatermos sobre a qualidade da educação no Brasil e no mundo, surge-nos uma pergunta:
Qual seria a saída para a solução dos problemas direcionados à má qualidade da educação no Brasil e Mundo, interagindo com os investimentos governamentais e a formação de professores em todos os sistemas de ensino?
Podemos destacar que a taxa de reprovação no Brasil, por mais que a educação escolar continuada vigore, ainda é alta, os baixos desempenhos em avaliações dos brasileiros, o próprio analfabetismo e a evasão escolar fazem parte infelizmente da cara da educação brasileira.
Muitas vezes relatamos que alguns professores sentem-se despreparados e desmotivados diante das exigências dos jovens, particularmente no que ultrapassa os conteúdos específicos de suas disciplinas e ao que se refere à socialização, ao comportamento e à vida dos estudantes além da escola, relacionada à evasão escolar, devido ao desinteresse do aluno pelo conhecimento, conforme UNESCO.
"A América Latina e o Caribe são responsáveis por 3,5% das crianças do mundo inteiro que estão fora da escola. O Brasil é o único país com mais de 500 mil crianças fora da escola", aponta o estudo da UNESCO. 
Todavia, o relatório afirma que esse problema não impedirá o Brasil de cumprir as metas até 2015. E é o que esperamos.
Apesar de ter posto a maior parte das crianças na escola, o País ainda peca pela falta de qualidade na Educação e por ter dificuldades de alfabetizar adultos. Entre 121 países, o Brasil aparece em 71º lugar.

Para finalizarmos esta, podemos crer que uma alternativa para tal questão abordada seria acreditarmos que a melhoria dos investimentos, claro que com ética e moralidade, isto é, sem corrupção, poderia realizar um percentual maior de universidades públicas, de pesquisas com caráter eficaz e dinâmico, do incentivo aos professores no meio acadêmico e com dedicação integral nas IES públicas e privadas, assim como verificar a estrutura salarial, a qual deve ser digna de um educador, afinal, através de um educador, formaremos alunos e seres humanos que farão a diferença no mundo.


Autor: Alexandre Vieira
Fonte: Artigos.com


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sexta-feira, 11 de março de 2011

As diferenças: a inclusão social e o constragimento ilegal


     Nossa sociedade ainda não aprendeu a conviver com as diferenças. Ainda não aprendeu a respeitar o direito do próximo. Ainda não aprendeu a ser solidário. Nossa sociedade é elitista, egoísta e individualista, com raríssimas exceções. 

     Trataremos neste espaço sobre a inclusão social de pessoas diferentes no grupo social, vamos abordar a forma desrespeitosa com que são tratadas as diferenças neste país.

     E o direito, neste contexto, vem para regular esta situação de desequilíbrio na relação social. Lançando mão, também, da atuação policial para obrigar a sociedade a aceitar e acima de tudo respeitar todo o cidadão, indiferentemente de sua raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional, orientação sexual, identidade de gênero, seja ele homem, mulher, portador de necessidades especiais ou não. 

Assim, o artigo 5º da Constituição Federal positiva, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 

Também positiva que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Que todos têm direito de ir e vir, livre acesso a locais públicos. 

Porém na prática isso não ocorre em sua plenitude, para exemplificar podemos dizer que os cadeirantes, em especial, têm esse direito fundamental cerceado, visto que não tem acesso adaptado em muitos locais, apesar da existência da lei 7853 desde 1989 que estabelece normas gerais assecuratórias do pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência.

Outro exemplo é a discriminação contra homossexuais que também configura crime e por conseqüência desrespeito a legislação e aos direitos humanos.

Cabe aos órgãos do poder púbico o dever de assegurar esses direitos, mas na prática estes órgãos são os primeiros a liberarem obras sem as adaptações adequadas para essa inclusão social. 

A legislação brasileira é clara ao dizer que a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.

A partir daí temos inúmeras legislações infraconstitucionais que amparam a ação policial em casos de crime de discriminação.

Segundo o Mestre Marcos Bernardes de Mello, em sua obra, Teoria do Fato Jurídico, é imperiosa e irremovível a necessidade que tem a comunidade de manter sob controle o comportamento de seus integrantes, contendo-lhes as irracionalidades e traçando-lhes normas obrigatórias de conduta, com o sentido de estabelecer uma certa ordem capaz de obter a coexistência pacífica no meio social. 

Neste sentido, temos ao nosso lado o artigo 146 do Código Penal, que trata do Constrangimento Ilegal. Este título legal pode e deve ser utilizado pelo agente de segurança pública para prender em flagrante qualquer indivíduo que por sua ação ou omissão expor uma pessoa a situação constrangedora de forma contrária a lei.

Se o agente agressor for um funcionário público poderá ser aplicado o artigo 350 do mesmo Código que trata do abuso de autoridade.

O policial também pode lançar mão de outras normas que tratam das diversas formas de discriminação.

Para finalizarmos esse curto espaço, gostaríamos que a sociedade buscasse adaptar-se para, de acordo com os princípios acima expostos, conseguirmos fazer nosso convívio mais justo e harmonioso.

Deixando de lado o preconceito e atos discriminatórios, atingindo assim, um estado em que todos sejam reconhecidos verdadeiramente como cidadãos.

Essa foi a nossa contribuição de hoje, até a próxima.


Autor: Geverson Aparicio Ferrari
Fonte: artigos.com


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terça-feira, 8 de março de 2011

A INCLUSÃO DE DEFICIENTES MENTAIS:Um árduo desafio para escolas, educadores e famílias

          
          Um árduo desafio para as escolas, educadores e famílias refere-se a um minucioso estudo e análise de fundamentos de autores renomados que abordam a educação especial com o objetivo de dispor aos educadores e a todos aqueles que atuam e que pretendem atuar na Educação, uma proposta de reflexão/ação numa análise mais abrangente da inclusão dos deficientes mentais e outros com necessidades educacionais especiais. Este estudo pretende ser o ponto de partida para a tomada de consciência dos educadores, educandos e famílias, quanto sua importância na acolhida destas pessoas’diferentes' e na preparação para efetiva participação no âmbito social e global. Chegando a conclusão de que para o indivíduo tornar-se um ser atuante e crítico, faz-se necessário a tomada de consciência e a mudança do ato de educar. Não podemos ficar de fora desse processo de inclusão, devemos participar, devemos nos arriscar e sugestionar uma constante troca de afetividade e sensibilidade entre governantes e governados, entre educadores e educandos, entre pais e filhos, para que de fato ocorra a inclusão e uma educação mais humana e igualitária.


1 INTRODUÇÃO

Presenciamos nas últimas décadas, que as escolas e seus educadores têm se deparado com uma nova e desafiadora questão: a de incluir as pessoas com necessidades educacionais especiais nas salas de aulas da rede regular de ensino.

O estudo de diversas obras revela que, historicamente, até o século XVI, não existia a preocupação da sociedade em oferecer atendimento às pessoas consideradas “diferentes” dos ditos “normais”. 

Se adentrarmos a fundo na história anterior ao século XVI, certamente ficaremos horrorizados com a tamanha injustiça feita com as pessoas que nasciam com algum tipo de deficiência ou diferença. Tais pessoas eram estupidamente queimadas em fogueiras em praça pública ou jogadas à própria sorte, pois se acreditava que eram uma obra maligna.

A partir de então, conforme foram ocorrendo as mudanças na organização das sociedades, começaram a ter mais zelo para com as pessoas com deficiência. E, foi durante o século XX, que as instituições sociais estenderam o atendimento especializado a este grupo de excluídos, os deficientes.

Percebemos que as famílias dos considerados “diferentes” bem como eles próprios consideram a escola uma barreira quase que intransponível, pois se deparam com uma carga muito grande de dificuldades de aprendizagem e de preconceitos por parte dos próprios ditos “normais” e por parte até mesmo do corpo docente das escolas. Porém, conhecendo um pouco as características e causas desta lamentável bagagem genética e/ou ambiental, quem sabe, ficará mais fácil de encarar e auxiliar nessa dura realidade vivida por pessoas que carregam essa herança. 


2 AS QUATRO SÍNDROMES DA DEFICIENCIA MENTAL E SUAS CARACTERÍSTICAS

Segundo Moura (1980, p.133) cito aqui, as quatro síndromes associadas ao retardamento mental, causada por aberrações cromossômicas: - Síndrome de Lejeune é caracterizado pelo indivíduo apresentar orelhas com implantação baixa, pela distância entre os olhos aumentada, pelo choro que lembra o miado de um gato, pela malformação dos dedos e retardo mental grave; - Trissomia 8, neste caso, o indivíduo apresenta as orelhas malformadas, o crânio alongado, a mandíbula reduzida, a testa saliente, estrabismo, o lábio inferior é mais grosso e evertido. Nesse caso, o retardo mental é severo; - Síndrome de Dawn (mongolismo) com características como rosto arredondado, fendas palpebrais oblíquas, os membros são mais curtos, as mãos mais largas, a boca permanece quase sempre entreaberta e o retardo mental vai de moderado a severo; - Síndrome de Klinefelter, afeta somente as pessoas de sexo masculino, a estatura é mais elevada, o indivíduo pode apresentar pouca barba ou não apresentar, os órgãos genitais são pouco desenvolvidos, apresenta ginecomastia ,ou seja, ocorre a presença de mamas desenvolvidas, a maioria apresentam inteligência limítrofe e cerca de 15% deles podem apresentar retardo mental grave.





3 O ÁRDUO DESAFIO: A INCLUSÃO DE EDUCANDOS COM DEFICIENCIA MENTAL NAS ESCOLAS REGULARES

Conforme declara a Lei 9394/96 , inclusão é uma proposta que condiz com a igualdade de direitos e oportunidades educacionais para todos em ambientes favoráveis já ‘garantidos’ por ela. Mas, nem sempre esse direito é de fato uma garantia aos cidadãos.

Possivelmente você já tenha ouvido pessoas ao seu redor usando os termos, “retardado”, “idiota”, “imbecil”, “debilóide”, como um meio grotesco de ofensa a outras pessoas que possuem menor grau de entendimento em determinado assunto. Mas, os estudos revelam que estes termos são originários do século XVIII e perpetuam até a presente data, porém, não fugindo de serem termos atribuídos a um grupo de pessoas que requer mais cuidado e estudo. 

Conforme Jannuzzi (1985) ao longo do tempo, várias palavras foram usadas em lugar de retardamento. A substituição de uma palavra por outra apenas suaviza temporariamente sua pejoratividade. A nova palavra, em pouco, acabava incorporando os preconceitos da sociedade de cada época.

Minuciosos estudos em obras científicas nos revelam que, as causas do retardo mental são genéticas e estão representadas por genes patogênicos ou também chamadas na ciência como aberrações cromossômicas . Sabemos também que as causa ambientais são muitas e atuam no período pré-natal , perinatal ou ainda pós-natal . Porém, nos casos mais leves, fica difícil de identificar as causas.

O potencial de inteligência da espécie humana é um traço genético que a coloca em posição destacada na escala zoológica. Entretanto a expressão desse potencial, ou seja, a inteligência e o seu desenvolvimento, são o resultado da ação de fatores não apenas de natureza biológica, mas também de natureza psicológica e sócio-cultural. (MOURA,1980,p.117)

Como fatores determinantes no desenvolvimento afetivo e social das crianças com DM , bem como para os demais que necessitam de cuidados educacionais especiais, vê-se na família e na escola os dois principais norteadores deste desenvolvimento.

Segundo Vygotsky (1991a , p.74) “o aprendizado é uma das principais fontes da criança em idade escolar; e é também uma poderosa força que direciona o seu desenvolvimento, determinando o destino de todo o seu desenvolvimento mental.”

Entende-se que a família deve exercer o importante papel de educar a criança. É através da família e do comportamento dos seus membros em relação à criança e em relação aos próprios membros, que a criança com deficiências interioriza a alegria, a satisfação e o amor, ou então o contrário. 

À escola cabe o papel de estar sempre em sintonia com a família para então melhorar e contribuir da melhor forma possível com o desenvolvimento da criança. 

Acredita-se que o objetivo principal da escola, deva ser o da busca por tornar a criança mais autônoma perante o indivíduo adulto. No entanto, entende-se que essa autonomia só irá ocorrer através do bom relacionamento com outras pessoas.

A integração da escola e da família deve ser mais constante nas atividades de socialização das crianças. E, os pais devem estar envolvidos numa procura por bem educar seus filhos. 

Segundo Moura (1980,p.137), é tarefa do professor o comum atendimento às crianças portadoras de retardo mental leve, e, tal trabalho precisa ser marcado pela compreensão, pela dedicação e pela paciência. Não deverá o professor se igualar às pessoas comuns que infelizmente ainda possuem muitos preconceitos em relação aos retardados mentais.

Cabe ao professor, aceitar tais crianças e demonstrar carinho a elas, ensiná-las primeiramente as coisas mais fáceis e uma parte de cada vez. O professor conseguirá resultados mais positivos de seu trabalho, se associar cada parte as coisas agradáveis para a criança. Ele deverá elogia-las após cada item aprendido para que ela se sinta mais capaz e segura. É ainda tarefa deste professor, manter a paciência e a uniformidade de comportamento e, ao avaliar a criança deverá evitar fazer comparações com as demais, além de que, não poderá exigir um rendimento que a criança não poderá oferecer. Sendo assim, ficará mais suave o trabalho e o compromisso do educador e a escola estará cumprindo com sua autêntica tarefa: a de educar a todos como nos garante a LDB e a Constituição Federal. 

5 CONCLUSÃO

Ainda que com os grandes avanços das entidades governamentais educacionais no sentido de promover a inclusão, é notório e infeliz o fato de que ainda estamos muito longe de conquistarmos uma escola verdadeiramente de qualidade e para todos.

Este é um processo que exige uma constante troca de afetividade e sensibilidade de todos para que haja um trabalho com vistas à construção de uma sociedade mais digna, justa, igualitária e que respeite as diferenças.

Presenciamos diariamente que os desafios do processo de inclusão estão passando por muitas reformulações nas escolas, desde as adaptações arquitetônicas, adaptações curriculares, capacitação de professores e mudanças didático-pedagógica-metodológicas que possam vir otimizar o processo de ensino-aprendizagem dessas crianças na rede regular de ensino.

A escola tem um papel preponderante na denúncia de toda e qualquer forma de exclusão e, principalmente da exclusão de pessoas que necessitam de cuidados educacionais especiais. Ela deve promover a formação de pessoas críticas e cidadãos que estejam aptos a apontar mudanças e/ou alternativas para as relações sociais. Contudo, a clareza quanto aos fundamentos filosóficos, teóricos e jurídicos em prol da educação especial são atribuições do educador e das escolas deste milênio. 

A inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais exige atualmente uma ressignificação das ações pedagógicas em todo o contexto escolar, além do compromisso político da educação. Para tanto, entro em acordo com Werneck (1997, p. 157), quando diz que:

Participar da construção de uma sociedade inclusiva é como fazer longos passeios por novas idéias e sentimentos. Refletir sobre a inclusão acorda nossos monstros mais íntimos. Com alguns deles nunca havíamos nos deparados antes. Não adianta querer reduzir as dimensões do que será caminhar pela trilha de uma sociedade inclusiva. Temos que nos arriscar.



6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Lei 9394/96), Ministério da Educação, 1996.
MOURA,E. Biologia Educacional. São Paulo: Moderna,1980.
OLIVEIRA, M. Além do lugar – Comum Emoções e trabalho. Dezembro. 2001. 
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.
WERNECK, C. Ninguém Mais Vai Ser Bonzinho na Sociedade Inclusiva. 1997. 314p.


Autora: Gladenice T. da Silva
Fonte: atigos.com

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segunda-feira, 7 de março de 2011

Inclusão de alunos com deficiência em escolas normais

RESUMO

No Brasil as discussões sobre a inclusão de alunos com deficiências em escolas normais é polemica e divergente. O processo de inclusão de alunos com deficiências em escolas normais ainda é relativamente novo existindo assim uma lentidão nas políticas publicas. É necessário que haja uma adequação do currículo das escolas para receber os alunos com deficiências, uma preparação da escola como um todo, professores, alunos e comunidade, para que essa inclusão não acabe sendo excludente. É preciso uma junção de mudanças que primeiramente deve vir de cada indivíduo, rompendo antes de qualquer lei as barreiras do preconceito.

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1. INTRODUÇÃO 

Neste trabalho procuramos tratar sobre o processo de inserção de alunos com deficiência mental em escolas normais, abordando assuntos pertinentes como a responsabilidade da sociedade, das políticas publicas e também a lentidão desse processo de inclusão que as vezes acaba sendo excludente. Lembrando que é preciso de grandes mudanças primeiramente nos seres humanos para que os alunos possam freqüentar as aulas em escolas ditas normais.



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2. A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA NA ESCOLA COMUM.


No Brasil as discussões sobre a inclusão de alunos com deficiências em escolas comuns é polemica e divergente, existem os que acreditam nesse processo e que se esforçam para provar que funciona e por outro lado, aqueles que não são tão crédulos assim, mas o que se tem de concreto mesmo é que leis brasileiras, os estudos, as maneiras de se fazer essa inclusão, ainda são muito equivocadas e falhas. O processo de inclusão de alunos com deficiências em escolas normais ainda é relativamente novo existindo assim uma lentidão nas políticas publicas.

É necessário que haja uma adequação do currículo das escolas para receber os alunos com deficiências, uma preparação da escola como um todo, professores, alunos e comunidade, para que essa inclusão não acabe sendo excludente e para que a responsabilidade não acabe recaindo somente sobre o professor que passa a ser o maior interlocutor no processo de inclusão, pois vai estar ligado diretamente a esse aluno. É preciso uma junção de mudanças que primeiramente deve vir de cada indivíduo, rompendo antes de qualquer lei as barreiras do preconceito. 

Ao tratar sobre deficiência mental, Santana (2009) diz: "A deficiência intelectual ou mental é conhecida por problemas com origem no cérebro e que causam baixa produção de conhecimento, dificuldade de aprendizagem e um baixo nível intelectual". Entre as causas mais comuns deste transtorno estão os fatores de ordem genética, as complicações ocorridas ao longo da gestação ou durante o parto e as pós-natais. O grande enigma que se coloca diante dos pesquisadores é como detectar ainda dentro do útero estas características.

Os alunos com deficiência mental constituem-se num dos grupos que mais tem merecido atenção dos educadores nos dias atuais, seja pela diversidade de conceitos utilizados para explicar a inteligência e o seu baixo desenvolvimento, seja pela dificuldade de se atender, de modo adequado esses alunos na escola. 

Segundo Moura, (1980,p.137) "é tarefa do professor o comum atendimento às crianças portadoras de retardo mental leve, e, tal trabalho precisa ser marcado pela compreensão, pela dedicação e pela paciência". Para que os alunos com deficiência mental possam freqüentar as aulas em escolas comuns, muitos estudos devem sair do papel e realmente serem colocadas em prática, os professores de todos os níveis devem estar preparados, capacitados para receberem esses alunos, pois assim o processo terá sucesso, esses alunos não serão uns estranhos que não conseguem aprender como os outros. Não serão mais alunos que freqüentam as escolas e não aprendem, pois ficam o período todo sem desenvolver nenhuma atividade, a escola não sabe o que fazer com ele e infelizmente é assim que os alunos são tratados em algumas escolas.

É notória a dissociação entre os discursos oficiais e as recomendações que favorecem o entendimento da eficiência e da prática pedagógica para que a integração se efetive. Entre elas podemos citar: o número excessivo de alunos nas salas de aula, as dificuldades de aprendizagem, a questão dos procedimentos da avaliação e encaminhamento para as escolas e classes especiais, a descontinuidade dos programas, as mudanças de governo acompanhadas da ausência de vontade política, os baixos salários, as salas de aula sem condições de trabalho, a desinformação, despreparo e a não-capacitação dos recursos humanos, principalmente, nos programas curriculares dos cursos Magistério e Superior. 

Paralelo a esses fatores, estão presentes os discutíveis padrões de normalidade, as práticas acompanhadas de atitudes discriminatórias em vários setores da atividade humana, as quais, quando somadas, denunciam a discrepância existente entre o discurso e a prática. O grande problema da integração não está nem nas diferentes concepções existentes sobre este processo, nem nas iniciativas tomadas para sua viabilização; encontra-se, sim, no fato de as pessoas com necessidades educacionais especiais não serem entendidas e assumidas como sujeitos históricos e culturalmente contextualizados. O problema está na concepção de homem e de mundo que delineia as ações e orienta as formas de se pensar na própria integração.

Conforme declara a lei 9394/96, "inclusão é uma proposta que condiza com a igualdade de direitos e oportunidades educacionais para todos em ambientes favoráveis já garantidos por ela". 
Diante de tantos desencontros de informações, leis e boa vontade por parte das políticas publicas, sem esquecer é claro da dificuldade humana em aceitar o que se convencionou chamar de diferente dos padrões de normalidade, os alunos com deficiência continuam aguardando para saber se vão para escolas especiais, são jogados em escolas normais sem preparação, ou se será dado efetivamente um rumo proveitoso para essa questão.



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3. CONCLUSÃO 

Conclui - se que a inclusão de alunos com deficiências em escolas normais no Brasil, ainda é falha, pois existe uma lentidão nas políticas publicas, os profissionais ainda não são qualificados e capacitados para receber esses alunos em qualquer do níveis de ensino no Brasil. Levando em consideração também o preconceito que é do ser humano quando se trata do diferente aos padrões de normalidade.

Por fim, no Brasil ainda não se encontrou uma forma de se fazer a inclusão de alunos com deficiência nas escolas normais, muitos são inseridos nessas escolas sem preparação para recebe-los, os professores não sabem como lidar com esses alunos e são culpados, julgados e questionados por isso, mas não lhe é dado um respaldo, os cursos de graduação ainda não trabalham essa realidade a fundo, ou seja, não se tem formação adequada para educação especial no Brasil.

Para que esse processo de inclusão funcione e deixe de ser excludente, injusto e humilhante tanto para os alunos quanto para os profissionais da educação é preciso que haja uma grande mudança de pensamentos e prática por todos os setores da sociedade. Sabe-se que esse processo é lento, mas são sementinhas que devem ser plantadas.

Autor: Sergio Dario Baldi


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4. REFERENCIAS


BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), Ministério da Educação, 1996.

Material de apoio UNIASSELVI

MOURA, E. Biologia Educacional. São Paulo: Moderna, 1980.

SANTANA, A, Lucia. Instituto Indianapolis Disponível em : http://www.infoescola.com/psicologia/deficiencia-mental/ . Acesso em:12 jun.2009.

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domingo, 6 de março de 2011

A LEI DE COTAS E A FALTA DE QUALIFICAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - Motivo para uma flexibilização da lei?



     A chamada Lei de Cotas – Lei 8213/91, prevê a contratação de pessoas com deficiência conforme o número de trabalhadores nas empresas, na seguinte proporção: as que possuem 100 a 200 empregados, devem contratar 2%, de 201 a 500 empregados, 3%, entre 501 e 1000, devem contratar 4% e aquelas que possuem mais de 1000 empregados, devem contratar 5%. Segundo a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo (Sejus), em janeiro/2010, 600 pessoas com deficiência foram contratadas no mercado de trabalho. No ano anterior, no mesmo período, somente 63 pessoas foram contratadas.
     Apesar deste resultado animador, há ainda muito que melhorar. Isto deve-se à falta de qualificação das pessoas deficientes para suprir as vagas existentes no mercado. Pela falta de qualificação, as empresas não cumprem a Lei de Cotas e acabam multadas pelo descumprimento da Lei. Recentemente, uma montadora de carros do estado de São Paulo foi multada em mais de 1 milhão de reais pelo descumprimento da lei e em sua defesa, a empresa argumentou que não há no mercado pessoas qualificadas. Mesmo com essa verdade, a de que há falta de qualificação, as empresas são multadas. A pergunta que muitos fazem é: deverá haver então a flexibilização da Lei de Cotas? A resposta deve ser negativa, eis que, caso haja a flexibilização, a empregabilidade das pessoas com deficiência não aumentará e a Lei ficará “só no papel”. 
     No Brasil, a OMS (Organização Mundial de Saúde), estima que 5% da população tenha deficiência mental, 2% da população com deficiência física, 2% são deficientes auditivos, 1% deficiente visual e 1% deficientes múltiplos.
Os números são expressivos e não podemos – nem as empresas podem – ignorá-los.
A empresa obrigada a cumprir a lei, poderá suprir a falta de qualificação do mercado através de cursos profissionalizantes, o que tornaria a sua marca mais atrativa, pois estaria ligada à responsabilidade social. Ademais, os benefícios fiscais permitem que a empresa doadora de um curso tenha deduzido de forma integral, o valor doado para o curso de capacitação como despesa operacional, desde que esse valor seja inferior a 2% do seu lucro operacional bruto. 
     Dados do Sine – Sistema Nacional de Emprego apontam que em 2007, apenas 11% das vagas para deficientes foram preenchidas. A situação continua semelhante no ano de 2010. Cerca de 35 mil pessoas já foram contratadas através da Lei de Cotas, porém, a necessidade do mercado é de que sejam preenchidas 132 mil vagas.
Os números são expressivos. A lei é necessária. Mas porque a lei é tão difícil de ser cumprida, apesar dos benefícios fiscais? Na baixada santista, inúmeras empresas e associações de trabalhadores abrem cursos de capacitação e vagas de emprego, mas a procura é baixa. O principal motivo é a falta de acessibilidade e infra estrutura dos locais. O problema arquitetônico é grave em muitos lugares da Baixada Santista. Outro problema encontrado é a falta de professores habilitados em Libras – a língua dos sinais, essencial para os deficientes auditivos e material em braile, para os deficientes visuais.
     No Brasil, a educação é praticamente restrita aos não-deficientes: escolas sem a menor estrutura arquitetônica para o recebimento dos alunos, carência de professores habilitados e falta de preparo dos demais alunos e funcionários para a verdadeira inclusão desses estudantes. Incluir não é somente colocar o aluno deficiente na escola; Incluir é permitir com que esse aluno com deficiência tenha iguais chances e oportunidades que qualquer outro aluno. Quando há acesso arquitetônico ideal, professores qualificados, alunos socialmente preparados e funcionários habilitados, a deficiência do aluno desaparece.
     A deficiência, na verdade, está no sistema educacional. A lei é perfeita, o cumprimento dela, até agora, está correto, e não motivos para uma flexibilização da Lei de Cotas


Autora: Patricia Cristina Vasques de Souza Gorisch
Fonte: Artigos.com


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sábado, 5 de março de 2011

O Ambiente de Trabalho Adequado ao Portador de Deficiência

     

O Trabalho



      Com a criação da lei 8.213/91 que dispõe de reserva de vagas para pessoas com deficiência, impondo às empresas com mais de cem empregados a contratação de deficientes, em cotas que vão de 2% a 5% do total, conforme o porte da companhia, muitas empresas vêm contratando pessoas portadoras de deficiências (PPD’s) objetivando cumprir tal legislação. Ao contratar estas pessoas as empresas precisam analisar as principais dificuldades que serão enfrentadas pelas PPD’s no ambiente de trabalho, procurando mecanismos para superá-las, sendo de suma importância a adequação do ambiente físico e organizacional, de maneira a possibilitar-lhes um melhor desempenho em suas atividades, pois às vezes o que dificulta a realização do trabalho e um bom desempenho , não é a deficiência, mas sim a falta de adaptação destes ambientes.
     Os empresários e os gestores das áreas de recursos humanos que contratam PPD’s de forma responsável, preocupando-se com o bem-estar delas, com “as capacidades e limitações de cada uma e adaptam o ambiente de trabalho para facilitar a execução das tarefas, estão provavelmente tomando atitudes que também contribuirão para a diminuição de acidentes, males de trabalho” e a rotatividade de funcionários. (MERINO, 2000)
Como medidas que facilitariam a vida das PPD’s no local de trabalho podemos citar as seguintes:
 Adaptação de móveis e equipamentos;
 Verificação das condições de acessibilidade à todas as áreas da organização;
 Verificação das sinalizações internas e externas (visuais e sonoras);
 Adequação da temperatura e da luminosidade;
 Evitar o excesso de escadas, construindo rampas onde for necessário;
 Adaptação de banheiros e bebedouros etc.;
 Criação softwares especiais para deficientes visuais e auditivos.
     Com estas e outras medidas que se façam necessárias, as PPD’s podem intensificar o seu desempenho produtivo, atingindo as metas e os objetivos da organização, com mais qualidade de vida e segurança, podendo comprovar o seu grau de eficiência na execução do trabalho nas mesmas igualdades de condições, aos demais funcionários. 
Não podemos simplesmente contratar PPD’s e exigir que elas cumpram suas funções da mesma forma que os não portadores de deficiências. Precisamos empregar uma forma diferenciada de gestão para elas, a fim de que possam exercer corretamente suas funções, respeitando as limitações e capacidades de cada uma e permitindo suas participações de forma ativa, verificando se há a necessidade de adaptação do local de trabalho, de treinamento e de acompanhamento.
     São várias as barreiras que as PPD’s têm que enfrentar para serem inseridas no mercado de trabalho, portanto, precisamos criar um modelo de gestão eficiente para transpor estas barreiras, proporcionando de fato a inclusão social através de um ambiente apropriado e agradável.


Autora: Silvana Mendes Ferreira Machado
Fonte: artigos.com


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